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Paralimpíadas: 11 modalidades em cadeira de rodas

2024 é ano de Jogos Paralímpicos, o maior evento desportivo mundial envolvendo pessoas com as mais variadas deficiências, sejam elas sensoriais ou físicas. Você conhece as modalidades paralímpicas disputadas sobre  cadeira de rodas?

As Paralimpíadas provocam um efeito muito positivo para milhões de PCD’s ao redor do mundo, que possuem a chance de ver atletas serem reconhecidos e valorizados por suas habilidades e esforços, independente de suas deficiências.

Por isso, separamos 11 modalidades paralímpicas em cadeira de rodas para vocês torcerem e se inspirarem. 

Atletismo

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ARIOSVALDO FERNANDES DA SILVA (PARRÉ)
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ELIZABETH RODRIGUES GOMES
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Começando com um queridinho, principalmente aqui no Brasil, sendo o esporte que mais ganhou medalhas, com mais de 170! Além disso, é a modalidade com maior número de atletas convocados para 2024.

O atletismo abrange provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, podendo ser praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. A divisão das categorias é por T (track – pista) ou F (field – campo) seguido pelo número que especifica o grau de deficiência.

Inúmeras modalidades paralímpicas em cadeira de rodas utilizam um equipamento diferenciado que atende a necessidade do paratleta, e esse é o caso do atletismo.

As categorias T51, T54, F51 e F58 competem-se em cadeira de rodas. Nas provas de corridas em pista, utiliza-se uma cadeira diferenciada com 3 rodas, além disso, ela possui um guidão para o atleta controlar e direcionar com mais precisão. Agora, para as provas de campo, os lançamentos e arremessos realizam-se em uma cadeira de suporte.

Triatlo

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JESSICA MOREIRA FERREIRA
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JESSICA MOREIRA FERREIRA
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Uma modalidade pouco popular entre os brasileiros, o triatlo é um esporte 3 em 1 com a mistura de natação, ciclismo e corrida. A distribuição da prova é dada por 750 m de nado, 20 km de bicicleta e, por fim, 5 km de corrida.

Assim como no atletismo, nas provas de triatlo utiliza-se a cadeira de rodas com 3 rodas e guidão para a corrida e handbike (bicicleta movida pelos braços) para o ciclismo. De uma etapa para a outra, os paratletas recebem auxílio de um guia para realizarem as transições. As categorias que utilizam cadeira de rodas são PTWC1 e PTWC2.

Badminton

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ANA GOMES
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JÚLIO CESAR GODOY
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O badminton é um esporte praticado em quadra que pode ser individual ou em dupla, utilizando raquetes e peteca! As partidas são no formato de três sets, em que o primeiro competidor a atingir 21 pontos em dois sets vence a partida. A modalidade é recente nos Jogos Paralímpicos, tendo estreado em 2021, nas Paralimpíadas de Tóquio. 

A cadeira de rodas utilizadas nas categorias WH1 e WH2 possui uma inclinação e extensão nas rodas antiquedas, promovendo maior estabilidade, segurança e agilidade aos paratletas. Além disso, as cadeiras de rodas possuem encostos de assentos baixos para permitir que o jogador se incline sem impedimentos.

Leia nossa outra postagem sobre parabadminton!

Tênis em cadeira de rodas

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LEANDRO PENA
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MARIA FERNANDA
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O tênis em cadeira de rodas exige muita agilidade dos jogadores, que precisam se deslocar de um lado para o outro rapidamente para devolver a bola para o adversário. As regras permanecem as mesmas em relação ao tênis Olímpico. 

As duas categorias do tênis em cadeira de rodas são: Open – para atletas com deficiência nos membros inferiores; Quad – para atletas com deficiência nos membros inferiores e superiores. As cadeiras de rodas utilizadas possuem as mesmas características do parabadminton, com encosto de assento baixos, inclinação e extensão nas rodas antiquedas.

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DWAN GOMES DOS SANTOS
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ANA AURÉLIA MENDES ROSA
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Um desporto popular aqui no país, o basquete Paralímpico é cheio de emoção e rapidez. As regras são bem semelhantes ao basquete Olímpico, a disputa das partidas é com 5 atletas por equipe que devem passar ou quicar a bola a cada duas movimentações nas rodas da cadeira. 

Para as divisões dos atletas, há uma pontuação de acordo com o grau de deficiência(s). Os pontos variam de 1 a 4,5, em que 1 representa a deficiência mais grave. A cadeira de rodas utilizada precisa ter 3 ou 4 rodas, sendo duas rodas grandes traseiras e uma ou duas dianteiras, assim como uma rodinha de apoio para impedir que os paratletas tombem para trás.

A equipe brasileira infelizmente não vai competir nos Jogos Paralímpicos de 2024, entretanto não deixe conferir mais sobre!

Bocha

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ANTÔNIO LEME
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EVELYN VIEIRA DE OLIVEIRA
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Uma modalidade exclusiva dos Jogos Paralímpicos, a bocha fez a sua estreia em 1984, permitindo que atletas com deficiências severas participassem no evento. O Brasil, até os Jogos de Tóquio, conseguiu 6 medalhas de ouro de 11 medalhas conquistadas na modalidade.

A bocha Paralímpica é praticada em uma quadra lisa e retangular, cada atleta possui 13 bolas – 6 vermelhas, 6 azuis e 1 branca chamada Jack. O objetivo do jogo é deixar as bolas coloridas o mais próximo possível da bola Jack. 

É possível utilizar os pés, as mãos ou instrumentos de auxílio para que os atletas possam manipular as bolas. Além disso, os jogadores podem receber auxílio de calheiros, responsáveis por operar as calhas de lançamento das bolas, de acordo com o desejo do usuário. Em todas as 4 categorias (BC1 a BC4) os paratletas podem utilizar cadeiras de rodas.

Confira nosso outro post sobre a bocha!

Esgrima em cadeira de rodas

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JOVANE SILVA GUISSONE
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CARMINHA CELESTINA DE OLIVEIRA
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A esgrima em cadeira de rodas divide-se em duas categorias, A para esgrimistas com alguma deficiência que afete pelo menos um membro inferior e B para esgrimista com deficiência que não possibilita a mobilidade voluntária do tronco.

A cadeira de rodas utilizada na esgrima possui uma estrutura especial fixada ao chão. Os paratletas não podem se mover para frente ou para trás, estando sempre próximos do oponente para garantir lutas de alta intensidade. Assim como a modalidade Olímpica, a esgrima em cadeira de rodas consiste em três modalidades: florete, espada e sabre.

Rugby em cadeira de rodas

O rugby em cadeira de rodas é a modalidade de maior impacto, por isso, reforça-se as cadeiras de rodas manuais com uma barra na parte inferior para proteção dos atletas. Além disso, as cadeiras de rodas possuem uma estrutura sólida, dispositivo antitombamento na parte traseira e para-choque duplo. Por isso, as cadeiras de rodas são uma atração à parte para o público. 

Aliás, essa modalidade possui a mistura de elementos rugby, basquete e handebol. É por isso que joga-se o rugby em cadeira de rodas com uma bola redonda e não oval! É um esporte de equipe mista praticado por homens e mulheres com algum grau de paralisia nos quatro membros. Cada atleta recebe uma pontuação que varia de acordo com a sua capacidade funcional.

Essa é outra modalidade que o Brasil não irá participar na edição de 2024.

Tênis de mesa 

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BRUNA COSTA ALEXANDRE
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Dupla Cátia e Joyce
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O tênis de mesa faz parte do programa Paralímpico desde os primeiros Jogos realizados em Roma, em 1960, quando competiam apenas atletas em cadeira de rodas. Disputa-se uma partida em melhor de cinco sets, sendo cada um vencido pelo primeiro jogador a atingir 11 pontos, com pelo menos 2 de vantagem.  

Assim como nas duplas do tênis, os parceiros de duplas em cadeira de rodas não precisam se revezar para acertar a bola no tênis de mesa paralímpico. TT1 a TT5 são as categorias jogadas em cadeira de rodas. Não existe nenhuma exigência para as cadeiras dos competidores, podendo ser usada a mesma do cotidiano.

Tiro com arco

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REJANE CÂNDIDA DA SILVA
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HELCIO LUIZ JAIME GOMES PERILO
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O tiro com arco paralímpico é uma modalidade bastante inclusiva. Pratica-se por atletas com amputações, paralisia, paralisia cerebral, lesões medulares, perda de força muscular e doenças progressivas.

A categoria W1 é para atletas que competem em cadeiras de rodas cujos braços demonstram algum grau de perda de força muscular, coordenação ou amplitude de movimento. Além disso, também existe a categoria Open, onde os arqueiros podem competir em cadeira de rodas, em pé ou apoiados em um banco. 

Conheça mais com a nossa outra postagem!

Tiro esportivo

Este esporte exige muita concentração dos paratletas. As competições podem durar até três horas e os atletas devem efetuar uma série de tiros o mais próximo possível do centro do alvo que está a uma distância de 10 m, 25 m e 50 m. O tiro esportivo fez sua estreia Paralímpica nos Jogos de Toronto, em 1976.

A divisão das categorias é: SH1 para atletas capazes de segurar o rifle de forma independente; e SH2 para atletas que necessitam de suporte para apoiar a arma, eles miram sozinhos e podem pedir um assistente para recarregar a arma. Além disso, em ambas as categorias é permitido usar cadeiras de rodas. 

Sabemos que muitas pessoas acompanham apenas as Olimpíadas, deixando de lado os Jogos Paralímpicos, mas é essencial divulgar e dar apoio para ambos os Jogos. Celebrar as conquistas de pessoas com deficiência é uma luta contra o capacitismo, assim como um exemplo de valorização dos esforços dos paratletas.  

Cada uma dessas modalidades paralímpicas em cadeira de rodas apresentam as suas regras e exigências para os equipamentos utilizados. Para você ficar por dentro do diferencial das cadeiras de rodas esportivas, leia nossa postagem sobre o assunto! 

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