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Baterias de íon-lítio: o que é preciso para transportar sua cadeira de rodas motorizada no avião

As baterias de íon-lítio têm conquistado um espaço muito significativo entre os produtos eletrônicos. Dos smartphones até alguns modelos de  cadeira de rodas motorizada, as baterias de lítio recarregáveis – ou de íons de lítio – já estão muito presentes no nosso dia-a-dia.

Aqui na Freedom não é diferente, com a nossa queridinha Scooter Mirage LP, que já vem equipada com uma bateria de íon-lítio.

As baterias de íon-lítio tem como principal atributo a leveza e a alta densidade de energia que armazenam, além disso, são bastante duráveis e suportam bem os ciclos de carga e descarga. Contudo, o ponto negativo é o custo, que é ainda elevado se comparado às baterias tradicionais VRLA ou Gel.

No entanto, apesar de serem uma boa opção para o cotidiano da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, as baterias de íon-lítio são consideradas “artigos perigosos” para o transporte de modal aéreo.

Portanto, obedecem a um regime rigoroso de exigências para receberem autorização de transporte.

Tá, agora você deve estar se perguntando: “pera lá. Quer dizer então que não vou poder levar a minha na viagem de avião?”

Calma, claro que a gente não ia te deixar sozinho. Por isso, preparamos um conteúdo todo dedicado e atualizado sobre os cuidados necessários para você poder viajar com a sua scooter ou cadeira de rodas motorizada movidos a bateria de íon-lítio. 

Vamos lá?

O que seu auxílio de mobilidade precisa atender?

Modelos com uma ou duas células de íon-lítio, fixas ou removíveis, dobráveis ou rígidos? Independente da configuração, é preciso voltar a atenção para uma coisa: a decisão final será da companhia aérea.

Segundo a RBAC nº175 e sua respectiva IS175-0001 (Tabela H-1) da ANAC, tanto para voos domésticos ou internacionais, caso a scooter ou cadeira de rodas motorizada possua bateria de íon-lítion, ela precisa atender os requisitos a seguir:

  • Ter capacidade, para uma bateria, de até 300Wh ou duas de até 160Wh.
  • Viajar despachada (por isso o tamanho é importante. Quanto mais compacta, melhor).
  • Quando possível, a bateria deverá ser removida se solicitado pelo operador.
  • Todos os terminais de contato devem estar isolados (especialmente quando a bateria não puder ser removida).

Contudo, as companhias também gozam de autonomia para estabelecer outros critérios, inclusive mais rigorosos. Por exemplo:

Na Azul, seu auxílio de mobilidade deve ser dobrável e as baterias facilmente removíveis, além de atender todos os critérios mencionados acima.

Já na Latam, elas devem permanecer fixadas à estrutura da cadeira.

Para a Gol, a capacidade não deve ser superior a 160Wh, isto é, qualquer bateria de íon-lítio acima desse valor é proibida pela companhia.

Em todos os casos, é preferível que na bateria esteja discriminado visivelmente seus valores técnicos em unidade Watts-Hora (Wh) . Do contrário, tenha sempre em mãos a ficha técnica emitida pelo fabricante do seu modelo de auxílio de mobilidade.

Sendo assim, é imprescindível que você leve em consideração o próximo ponto.

Dê preferência a modelos dobráveis, compactos e com bateria facilmente removível

Independentemente dos atributos das baterias de íon-lítio, se você gosta de viajar, é importante levar em conta outros aspectos estruturais na hora de escolher um auxílio de mobilidade.

Escolher um modelo que dobra facilmente e torna-se mais compacto é fundamental. Lembre-se: muitas pessoas podem influenciar na decisão da companhia aceitar, ou não, o transporte do seu auxílio de mobilidade, principalmente o piloto da aeronave.

Por isso, tenha em mente que ocupar o menor espaço quando o assunto é transporte de “artigos perigosos” é fundamental para conseguir a sua autorização.

Aqui na Freedom, dentre os modelos de Scooter para esta finalidade, recomendamos fortemente a Scooter Mirage LP.

Scooter Mirage LP/Divulgação

Ela é dobrável, possui uma bateria de íon-lítio de 288Wh, completamente removível e com alça tipo “maleta”, para facilitar a pegada e transporte.

Scooter Mirage LP dobrada/Divulgação
Bateria de íon-lítio em case “maleta” protetora/Divulgação

Em nosso canal no YouTube você pode assistir a um vídeo demonstrativo da Mirage LP em uso, conhecer seu processo de dobra e também uma apresentação de seus dados. Quem sabe nosso modelo não atende a sua demanda?

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Solicite o serviço com antecedência

No caso de uma scooter ou cadeira de rodas motorizada, a presença das baterias de íon-lítio significa uma maior possibilidade de autonomia e um ganho significativo de espaço para o usuário. Contudo, para garantir o transporte é preciso conseguir autorização da companhia aérea.

Dito isso, antecedência pode ser um fator determinante para o embarque do seu auxílio de mobilidade, uma vez que, cabe ao operador do voo (companhia aérea) e ao agente de proteção da aviação civil atuante no aeroporto, a decisão final acerca do embarque da sua cadeira de rodas motorizada.

Com isso em mente, é importante frisar que nem todos os funcionários das companhias aéreas estão em conformidade com as regras mais atualizadas envolvendo o transporte de baterias de íon-lítio.

Portanto, quanto mais cedo você solicitar o serviço, mais tempo terá para atender as exigências da companhia.

Por que as baterias de íon-lítio sofreram restrições de transporte?

No ano de 2016, quando começaram a ganhar popularidade em diversas indústrias, as baterias de íon-lítio passaram por um período marcado por incidentes. 

Grandes empresas registraram casos de incêndios e explosões em seus produtos, por conta das baterias. No caso da Samsung, esse problema gerou a necessidade de um recall global do modelo Galaxy Note 7.

Assim, por conta da crescente de casos registrados, companhias aéreas do mundo, fabricantes de aeronaves e organizações reguladoras da aviação civil praticamente proibiram o transporte de baterias de íon-lítio em aeronaves de passageiros.

No entanto, com o desenvolvimento de novas tecnologias, algumas exceções passaram, mais recentemente, a serem reconsideradas, como o caso dos auxílios de mobilidade com bateria de íon-lítio.

Há algum risco em usar baterias de íon-lítio?

É importante explicar que baterias de íons de lítio são muito seguras e não demandam tantos requisitos e exigências para o transporte via outros modais. É justamente devido às especificidades do modal aéreo (condições de pressão atmosférica, limitações na contenção de incêndios, etc.) que elas podem apresentar um risco.

Durante o seu dia-a-dia, as baterias de íon-lítio provavelmente já fazem parte da sua rotina. Estão presentes no seu celular, smartwatch, assistentes virtuais (ex.: alexa), notebook, caixas de som, etc. E não há perigo algum relacionado ao seu uso, desde que seguidas as orientações dos fabricantes (em geral, manter em local fora da exposição direta do sol e evitar altas temperaturas).

Apesar de serem “artigos perigosos”, é só seguir as orientações da sua companhia aérea para que o transporte possa acontecer de forma segura.

Essas regras valem para tudo?

De uma maneira geral, o transporte de baterias de lítio e íon-lítio é proibido em aeronaves de passageiros. Normalmente, são exceções à regra as peças de ítens que as têm em pequena capacidade e instaladas de forma interna ou fixa, no caso das recarregáveis, e em maior capacidade em produtos que atendem a necessidades médicas. 

Portanto, de maneira alguma se pode aplicar as regras descritas neste post, específicas para os auxílios de mobilidade com baterias de íon-lítio, a qualquer outro produto.

Para entender melhor o que se pode transportar, inclusive considerando diferentes tipos de bateria, você pode consultar o link “O que posso transportar?” da ANAC.


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