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Turismo acessível: 5 dicas para escolher o destino e o que levar

Você já ouviu falar em turismo acessível? O conceito envolve um conjunto de medidas que visa oferecer produtos e serviços para pessoas com diferentes necessidades e limitações, sejam pessoas com deficiências físicas, mentais ou sensoriais, como também grávidas, obesos e idosos.

Ou seja, o turismo acessível promove mais acessibilidade e inclusão, possibilitando que todos os indivíduos tenham acesso à atividade turística e aproveitem esses benefícios com mais segurança e autonomia. Várias cidades já aderiram a esse conceito e se adaptaram para receber o público PCD.

Portanto se você quer viajar e curtir esses lugares com muito mais liberdade e independência, não deixe de ler até o fim. Neste artigo, daremos 5 dicas para você escolher o destino ideal, além de equipamentos para cadeirantes que não podem faltar na viagem. Confira!

1. Pesquise o máximo de informações sobre a cidade escolhida

Durante a viagem, um dos maiores problemas enfrentados pelo púbico PCD é justamente relacionado à acessibilidade. Afinal, nem todas as cidades são adaptadas e, algumas que dizem ser, nem sempre seguem as medidas regulamentadas.

Em muitas situações, existem rampas de acesso e sanitários adaptados nos locais turísticos, mas as dimensões não são adequadas. Assim, a pessoa que usa cadeira de rodas pode não ter espaço suficiente para transitar e manobrar o equipamento em um banheiro ou pode ter dificuldade para subir a rampa devido ao excesso de inclinação, por exemplo.

Seja como for, todo cuidado é necessário. Quanto mais informação você tiver sobre o destino e a cidade a ser visitada, melhor. Para ter essas informações, você pode pesquisar nos sites oficiais das cidades e ficar atento às opiniões de outros turistas e comentários de suas experiências.

Antes de praticar o turismo acessível, seja internacional ou nas cidades brasileiras, pesquise informações, como:

  • confira se a cidade é adaptada para facilitar a locomoção de pessoas com deficiências físicas;
  • tenha certeza se as ruas são planas e bem cuidadas;
  • calçadas amplas e guias rebaixadas;
  • se os pontos turísticos têm rampas de acesso;
  • e se o transporte público é adaptado.

2. Avise o hotel/pousada sobre as suas necessidades

Uma das principais ações antes de fazer o turismo acessível é encontrar um bom hotel ou pousada que atenda às necessidades do público PCD. Nesse sentido, duas coisas são muito importantes: escolher um local de qualidade e avisá-los sobre essas necessidades específicas.

Primeiramente, refine sua lista de hotéis. As hospedagens de cidades acostumadas com o turismo acessível, em geral, oferecem um bom acesso para a cadeira de rodas. No entanto, isso não é tudo. Prefira hotéis ou pousadas que ofereçam mais benefícios, como piscinas e restaurantes, além de contarem com funcionários treinados para compreender as dificuldades enfrentadas por uma pessoa com deficiência física.

Além disso, outra prática importante é ligar para o hotel, com antecedência, e informar que o viajante faz uso de cadeira de rodas e questionar alguns pontos importantes, como:

  •  eles oferecem serviços especiais para pessoas com deficiência?
  • quais são os andares reservados para o público PCD (o ideal é que seja no primeiro andar)?
  • as medidas dos quartos são compatíveis?
  • camas e móveis podem ser movidos, para deixar o quarto mais confortável?
  • há atrações turísticas próximas?

Avisar o hotel sobre suas necessidades específicas pode evitar muitos problemas, especialmente relacionados à disposição da mobília, vias de acesso ao quarto e largura das portas.

3. Leve remédios de rotina e os usados em emergências

Outro detalhe que pessoas com deficiências físicas precisam se atentar antes de praticar o turismo acessível, especialmente se for fora do Brasil, é levar remédios de rotina e também aqueles para serem usados em situações de emergência. Tais kits de remédios para viagem devem conter medicamentos que a pessoa já esteja acostumada a usar, como pomadas para ferimentos, remédio para dor ou aqueles de uso contínuo, quando necessário.

A primeira coisa a se considerar é que cada país tem suas regras referentes ao uso de certos medicamentos — ou seja, um remédio de uso liberado no Brasil pode ser proibido nos Estados Unidos, por exemplo. Assim, antes da viagem, é fundamental pesquisar sobre essas regras para não ter problemas com a fiscalização.

Além do mais, em viagens internacionais, o ideal é levar uma receita médica em inglês, nota fiscal e laudos médicos que confirmem a necessidade do uso de certos medicamentos, especialmente para os de uso controlado. Em muitos países, os medicamentos são monitorados e vendidos apenas com receita médica, até mesmo remédios para dores comuns.

Por isso, é importante consultar um médico para que ele indique os remédios ideais e, principalmente, forneça uma receita em inglês para que você não precise recorrer a uma consulta durante a viagem. Aliás, procure levar apenas uma quantidade proporcional ao tempo de estadia, mantendo os medicamentos em suas embalagens originais e com suas respectivas bulas. Isso evitará problemas com a fiscalização.

4. Planeje os detalhes da viagem

Mesmo que imprevistos sejam impossíveis de prever, planejar a viagem, de preferência com antecedência, facilita muito o processo e evita problemas como atrasos, transportes não adaptados e hotéis lotados ou inadequados.

Após escolher a cidade para fazer o turismo acessível, considere como você viajará: de ônibus, carro ou avião. Isso é importante para definir como viajar com a cadeira de rodas. Independentemente se a escolha for ônibus ou avião, é fundamental comunicar a companhia com, pelo menos, 48 horas de antecedência.

Isso garantirá que você não terá problemas com embarque e desembarque, além de ter as informações necessárias sobre como levar a cadeira de rodas. Uma dica importante é sempre desmontar a cadeira e retirar todos os acessórios e equipamentos para cadeirantes que sejam removíveis. Além disso, caso a cadeira tenha sido danificada no trajeto, comunique a empresa imediatamente.

Outra questão importante no turismo acessível é fazer uma programação para o dia a dia, planejando quais lugares serão visitados, o tempo gasto com o deslocamento e quais restaurantes são mais adaptados.

5. Sempre carregue equipamentos para cadeirantes

Uma dica de ouro para pessoas com deficiências físicas que querem fazer o turismo acessível é sempre levar equipamentos para cadeirantes que auxiliem na locomoção e conforto. Isso é importante para que a pessoa tenha mais autonomia e desfrute da sua liberdade durante o passeio.

Atualmente, a indústria da tecnologia assistiva tem desenvolvido acessórios e equipamentos que melhoram a experiência de uso da cadeira. Com isso, o público PCD pode ampliar seus horizontes, aproveitar e se divertir nas viagens, ter mais mobilidade, autonomia e qualidade de vida, tudo com muito mais segurança.

Existem diversos equipamentos que fornecem mais segurança e conforto durante as viagens. Veja:

  • scooter elétrico;
  • andador;
  • elevador individual (pode ser levado na viagem usando as bolsas de transporte);
  • almofada ergonômica;
  • selete manual — possibilita transferências mais seguras;
  • cintos de segurança;
  • guarda-chuva para cadeira de rodas.

Os acessórios e equipamentos para cadeirantes promovem mais segurança e conforto, seja no hotel, durante a viagem ou nos deslocamentos, possibilitando que a pessoa aproveite e se divirta mais.

Com essas dicas, você pode escolher o seu destino, planejar sua viagem e fazer o turismo acessível com muito mais seguridade, conforto e autonomia. Aproveite e divirta-se!

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