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Conheça o poder da automação residencial para pessoa com deficiência

A automação residencial torna a vida das pessoas muito mais prática e confortável para realizar atividades do dia a dia. Com esse serviço, é possível automatizar qualquer recurso eletrônico, como o simples ato de abrir a porta ser acionado pelo celular.

Já passou o tempo em que a automação residencial era vista como item de luxo. Hoje, esses recursos podem se tornar de grande ajuda à acessibilidade e promoção da independência da pessoa com deficiência, permitindo que elas possam realizar tarefas cotidianas, que antes eram consideradas complexas e até mesmo impossíveis.

A verdade é que atualmente, residências automatizadas e acessibilidade caminham lado a lado e estão em constante evolução e aplicação, tornando a rotina das pessoas mais versátil, impactando o modo de viver.

Neste post, você vai saber mais sobre as tecnologias que permitem às pessoas com deficiência viverem com maior autonomia, segurança e praticidade. Além disso, vai conhecer os benefícios da automação residencial e como elas podem ser implementadas no controle de portas, janelas, iluminação e aparelhos eletrônicos.

Conversamos com a arquiteta Bianca Salvador, de Pelotas, no Rio Grande do Sul, para saber mais sobre o assunto. Ficou interessado? Então, continue a leitura e conheça algumas tecnologias que facilitam e dão mais independência para pessoas com deficiência no ambiente do lar!

O que é automação residencial?

Também chamada de domótica, a automação residencial foi por muito tempo sinônimo de luxo. Contudo, hoje em dia além de remeter a comodidade e conforto, remete também a acessibilidade, já que permite pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida viver com mais tranquilidade, independência e segurança.

Bianca Salvador é arquiteta e falou conosco sobre a importância do recurso da automação residencial e como oferece mais acessibilidade para pessoas com deficiência. “A automação residencial vem para auxiliar em diversos aspectos em um projeto, mesmo em fatores econômicos que, apesar de um custo mais alto, pode de alguma forma propiciar, por exemplo, a automatização dos circuitos de iluminação e assim gerar economia de energia. Na questão de acessibilidade, é conseguir automatizar qualquer equipamento e fazer seu acionamento por celular, por tablet, sem ter o acesso direto, que dependendo da deficiência pode ser dificultoso”, esclarece a arquiteta.

Basicamente, o termo refere-se ao uso de tecnologias que facilitam a realização de tarefas habituais, como acionar luzes, abrir portas, ligar a TV e outras atividades que em uma casa convencional fica a cargo dos moradores. “Para acender a luz, não é preciso ir até um interruptor, que muitas vezes não está em altura favorável para a pessoa com deficiência chegar”, exemplifica Bianca.

A questão é que tarefas simples como essa podem se tornar grandes obstáculos para quem possui alguma deficiência. É o caso dos cegos, que precisam de ferramentas para ajudá-los a receber visitas.

Ao ouvir o interfone, é necessário um meio seguro de identificar quem chegou, conseguir encontrar a chave correta e se dirigir à porta para receber o visitante. Em um domicílio convencional, essa pode ser uma tarefa complicada. No entanto, em um ambiente automatizado, a realidade pode ser completamente diferente.

Segundo Bianca Salvador, é possível automatizar tudo o que tiver na casa e isso varia de gosto e necessidade de cada pessoa em específico, além de toda uma estruturação prévia do ambiente. Desse modo, a automação residencial oferece diversos benefícios, tornando o ambiente doméstico mais acessível. Dentre as suas possibilidades, podemos citar:

  • comando de portas, cortinas e persianas;
  • tarefas agendadas;
  • integração dos equipamentos de áudio e vídeo;
  • sensores diversos — de luz, gás, inundação, fumaça e exaustão;

É por esta razão que muitos profissionais — arquitetos, engenheiros e decoradores — têm se interessado em implementar elementos ligados à acessibilidade em suas construções.

E isso acontece não por modismo ou por luxo, mas porque existe uma preocupação com o bem-estar dos usuários. Além de promover a inclusão de pessoas com deficiência, a ação também beneficia os idosos e outros com mobilidade reduzida.

Quais os tipos de automação para residências?

Você já sabe que o uso da tecnologia na automatização das tarefas cotidianas é uma realidade. Além disso, deve imaginar que em uma casa existem muitas atividades que, apesar de não receberem importância da maioria das pessoas, podem ser um desafio para outras.

A seguir, você confere os tipos de automação e como elas podem, dentre outras funções, ajudar a acionar equipamentos, acender e apagar luzes e controlar acessos.

Audiovisual

Nessa categoria encontram-se as ferramentas de controle de sons e vídeos. Por meio delas, é possível ter acesso a câmeras e outros equipamentos que utilizam comando por voz. Vale destacar que a direção vocal é centralizada, permitindo ao morador maior poder de gestão.

Iluminação

O controle automático da iluminação é o que mais caracteriza esse tipo de serviço automatizado. Independentemente do meio empregado — controle remoto, smartphone, estímulo externo ou horário programado —, a pessoa consegue acionar luzes e outros acessórios de iluminação com apenas um toque.

Inclusive, os estímulos mais conhecidos são o comando de voz e o provocado quando alguém bate palmas. Nesse aspecto, existem muitas possibilidades que podem se encaixar nas necessidades de cada pessoa, podendo ser utilizado o celular ou tablet para fazer o acionamento do comando.

Controle de acessos

A tecnologia de controle de acessos é muito utilizada na automação corporativa. No entanto, ela também tem seu lugar nas residências, principalmente em condomínios fechados e domicílios que querem aliar segurança e comodidade.

Para pessoas com mobilidade reduzida, a tecnologia de acesso automático e comando por meio de identificação digital pode ser muito útil. Com dispositivos que cabem na palma da mão, elas podem gerenciar a entrada e a saída sem muitas complicações.

Controle de sistemas

Imagine quantas atividades podem ser executadas em um só dia em uma casa? Abrir cortinas, acender e apagar luzes e acionar o sistema de ar-condicionado são apenas algumas que podem tornar o cotidiano mais trabalhoso para quem tem alguma deficiência.

Com automação focada no controle de sistemas, a ideia é integrar e centralizar essas tarefas em um só dispositivo, dando mais praticidade na hora do manuseio.

Vale acrescentar que os sistemas inteligentes utilizados na área devem possuir algumas características fundamentais. Algumas delas são:

  • atuação em condições variadas;
  • memória;
  • noção temporal;
  • autocorreção;
  • alta capacidade de integração;
  • fácil manejo;
  • facilidade de reprogramação.

Como implantar a automação residencial?

A automação residencial proporciona aos usuários condições de desempenhar atividades que, sem o uso desses equipamentos, não seria possível por si só.

Mas para que os equipamentos automatizados consigam responder aos comandos estabelecidos, é preciso implementar a automação residencial de forma correta, levando em conta as estruturas físicas da casa, assim como a forma que se pretende aderir aos serviços: por cabeamento ou por sistemas wireless.

A arquiteta Bianca Salvador também falou sobre essas possibilidades de escolha e seus custos. Em todos os cômodos de um domicílio, a automação pode ser implementada. Isso pode acontecer por meio de sistemas autônomos — que funcionam de forma independente, sem interligação entre dispositivos —, com sistemas integrados — que se ligam a um controlador central — ou por meio de sistemas complexos — que são aqueles que atuam de forma personalizada, de acordo com o perfil do usuário.

Segundo a arquiteta, “os níveis de sistemas e os custos vão depender do que se quer automatizar. A automação precisa de uma central que vai receber todo cabeamento, o seu tamanho também vai depender do tipo e quantidade de coisas que se quer aplicar o serviço. Quanto maior a central, mais caro. Hoje em dia existem sistemas wireless que podem automatizar apartamentos e casas existentes sem utilizar cabos até a central”.

Os sistemas com cabeamento costumam ser mais baratos que os sistemas wireless, contudo, se a residência tiver uma estrutura antiga, será preciso uma reforma para que se consiga a implementação do serviço, o que obviamente vai aumentar os custos. É pensando nessas questões, que muitas residências já estão sendo estruturadas com a incorporação prevista para uma possível automação residencial.

Atualmente, a automação residencial está incorporada na vida das pessoas em ritmo intenso e não mais como um artigo de luxo, mas como uma tecnologia que está aí para tornar a vida mais prática. Para as pessoas com deficiência, proporciona maior independência e qualidade de vida. “O ideal é procurar uma empresa especializada em automação, existem muitas marcas pelo Brasil, por isso é importante pesquisar o melhor preço e pela que pode oferecer o que realmente a pessoa precisa”, explica Bianca Salvador.

Quais os benefícios das residências automatizadas?

Ser capaz de ligar ou desligar equipamentos a partir de uma cadeira de rodas ou até mesmo de uma cama é sinônimo de autonomia. Essa é só uma das possibilidades da automação residencial, que pode incorporar também:

Conforto

Quando se fala em automação, a primeira coisa que todo mundo pensa é no conforto. De fato, isso é verdade, já que ela pode otimizar as tarefas domésticas e permitir que as pessoas com mobilidade reduzida possam ter independência e qualidade de vida.

Imagine o conforto de poder programar quando as cortinas se fecham ou se abrem? Acender as luzes ou apagá-las no horário planejado por meio de um tablet ou smartphone? Ou ainda, controlar a temperatura do ambiente, apenas apertando um botão ou isso acontecer de acordo com os padrões pré-programados?

Como você pode perceber, são soluções que oferecem bastante comodidade às pessoas com deficiência.

Proporcionam independência

Algumas pessoas com deficiência precisam lidar diariamente com dificuldades que levam a total ou a parcial dependência de outras pessoas. As tarefas mais simples do dia a dia se tornam as mais complexas.

Entretanto, em uma residência automatizada essa dependência diminui e, em alguns casos, deixa de existir. Com acesso aos dispositivos de comando, é possível que uma pessoa com deficiência viva com mais autonomia e acessibilidade, já que pode realizar atividades corriqueiras sem precisar dos outros o tempo todo.

Possuem maior segurança

Além do conforto, os sistemas inteligentes podem ser adaptados para oferecer mais segurança às pessoas com deficiência, inclusive contra acidentes domésticos.

A automação tem o potencial de evitar a falta de energia por sobrecarga de aparelhos ou impedir vazamentos de água e gás por meio de um sistema de bloqueio. Ainda existem soluções que visam à proteção dos moradores com fechaduras eletrônicas.

O que significa um ambiente acessível?

Muita gente pensa que acessibilidade limita-se à presença de rampas e barras de apoio, mas o termo vai muito além disso. Praticá-la implica em tornar determinado local propício para que as pessoas executem tarefas com independência e sem complicações.

Para ser acessível, é necessário que o espaço possua equipamentos e materiais que visem o conforto e o bem-estar, como almofadas ergonômicas, equipamentos de transferência e camas adaptadas que, junto com recursos de automatização, proporcionarão ainda mais independência e qualidade de vida.

Apesar de nem sempre ser considerada na hora de construir, a acessibilidade tem amparo legal. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), que entrou em vigor em 1996, dispõe sobre os requisitos que devem ser atendidos — para se fazer cumprir o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais — e impõe punições severas em caso de descumprimento.

Nesse sentido, as soluções que garantem acessibilidade surgem como forma de garantir o cumprimento da lei e promover uma vida mais inclusiva às pessoas com deficiência.

Em casa, nem sempre existe estrutura para oferecer a elas a possibilidade de ter uma vida tranquila, que permita executar as tarefas mais simples. Por isso, a automação residencial tem um papel tão importante: ela possibilita que, por meio de equipamentos e uma arquitetura inclusiva, essas pessoas possam viver com mais dignidade.

Como foi possível observar, existem muitas soluções que permitem maior acessibilidade para as pessoas com deficiência em seus domicílios. Com o avanço tecnológico, elas podem ter uma vida mais inclusiva e desempenhar tarefas domésticas que antes não eram possíveis ou muito dificultosas. “Muitas vezes sem esse recurso, a pessoa com deficiência fica sempre dependente da ajuda de alguém, com a automação é possível viabilizar o acesso. Hoje em dia o olhar é para que cada vez mais seja promovida a independência dessas pessoas”, finaliza a arquiteta Bianca Salvador.

Atividades como ligar e desligar uma lâmpada ou fechar e abrir janelas e portas não precisam mais depender de terceiros para serem desempenhadas. Além de garantir independência, essas soluções tornam a vida mais confortável — e essa já é uma grande conquista.

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2 thoughts on “Conheça o poder da automação residencial para pessoa com deficiência

  • Paulo Francisco da Silva

    Pois é foi por falta de uma arquiteta, que eu fraturei as duas pernas no banheiro, se tivesse consultado uma isso não teria acontecido.

    Resposta
  • Paulo Francisco da Silva

    Tenho que só agradecer à Deus por eu morar com um anjo que sempre está do meu lado, tenho tudo dentro do possível,para o meu lazer e minha segurança ok.
    Grato
    Abs.

    Resposta

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