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Remando Contra a Maré: projeto de 2010 que a Freedom teve o prazer de fazer parte

O projeto sócio esportivo Remando Contra a Maré, nasceu em setembro de 2010. Nas dependências do Clube Náutico Gaúcho (CNG) da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e sob a coordenação do técnico de remo Oguener Tissot, o trabalho desenvolvido visava a integração e inclusão social e educacional de jovens através da prática do esporte de remo. O projeto teve apoio da Freedom Veículos Elétricos Ltda e do posto Cidadão Capaz para realizar as atividades.


Imagem: relatório Remando Contra a Maré

O projeto contemplava alunos da rede pública de ensino em comunidades carentes da cidade. O trabalho começou com a visitação em escolas mais próximas ao clube, da rede pública em geral, abrindo 15 vagas para futuros atletas de remo.

O processo de seleção foi realizado através do perfil genético dos jovens atletas, com idade que variavam entre 12 a 15 anos. Formaram-se duas turmas de sete e oito alunos, uma com treinos no turno da manhã, e outra no turno da tarde, sempre ao inverso do turno escolar regular das suas respectivas escolas.

O técnico de remo Oguener Tissot, participou de toda fase de elaboração do projeto. Desde esboçar a ideia no papel, até o processo de identificação nas escolas e captação de recursos com possíveis parceiros, para que a ideia pudesse realmente dar certo. “Com isso, começamos todo o desenvolvimento com esses jovens, com o intuito de formar atletas, através do projeto social”, declara Oguener.


Imagem: relatório Remando Contra a Maré

E foi através da parceria entre o Clube Náutico Gaúcho e a Freedom, que o Remando Contra a Maré pôde dar início às atividades. Oguener, conta como é difícil manter projetos como esse e a importância de colaboradores. “Inicialmente, nós tínhamos apenas o patrocínio da Freedom. Na verdade, a própria Freedom que buscou o clube com o intuito de alguma ajuda para as atividades do projeto. Como todo esporte, ele sempre passa por dificuldades financeiras para conseguir investimento. E o remo em específico, é um esporte relativamente caro. Um par de remos custa 4 mil reais, barco para prática, é um investimento não inferior de 6 ou 7 mil reais. Então é difícil manter essa atividade, principalmente trabalhando com um cunho social. Então a Freedom veio, procurou o clube, falou que tinha interesse até em função da região, de desenvolver algo com um cunho social em torno da empresa”.


Imagem: relatório Remando Contra a Maré

A parceria deu certo. Durante um ano de muito trabalho e esforço, o Remando Contra a Maré desenvolveu desde treinos em barcos, com prática de 50 a 60 km de remo durante a semana, a atividades de musculação, acompanhamento com nutricionista e psicólogos, todas essas, visando a formação de atletas de remo.

    
Imagens: relatório Remando Contra a Maré

O trabalho esforçado da equipe, não demorou muito tempo para mostrar resultados. Durante o projeto, os jovens começaram a participar de diversas competições de remo no estado. “Nisso, durante o ano todo, participaram de várias etapas do campeonato estadual. Se colocaram dentre os melhores atletas do estado. Começaram a ganhar de vários clubes, que até então, era um paradigma a ser quebrado por clubes do interior do estado, e eles tiveram destaques muito grandes, tanto em barcos individuais quanto em duplas. A partir disso, fomos incentivados a levá-los para campeonatos nacionais. Fomos para o Rio de Janeiro, e lá eles tiveram desempenho fantástico também. Principalmente, pelo tempo de projeto”, relata o técnico Tissot.


Marcelo, Jennifer, Luiza, Oguener, David e Victor – Imagem: relatório Remando Contra a Maré

Destaques

Durante o projeto, dois grandes nomes tiveram destaque para o esporte de Remo. Victor Ruzicki Pereira e David Boeira Souza foram descobertos por Oguener Tissot, dentro do projeto, quando atuava no Clube Náutico Gaúcho. Hoje, os rapazes fazem parte da equipe do Grêmio Náutico União (GNU), de Porto Alegre, e conquistaram várias medalhas e títulos para diferentes modalidades do esporte. “Ao final do projeto, a gente tinha o intuito de encaminhar eles para clubes maiores. Tínhamos convênio com o Grêmio Náutico União de Porto Alegre, onde a gente deu seguimento para esses dois jovens seguirem carreira de atleta. Foram diversas vezes campeões brasileiros. David foi campeão Sul Americano, posteriormente Victor veio a ser vice campeão Sul Americano, foi o quarto colocado nos jogos Pan-Americanos de 2015, e até hoje representa a seleção brasileira de remo na categoria sub 23. Os dois tiveram uma carreira brilhante na modalidade, estando entre os principais atletas do país”, declara Oguener.

Oguener Tissot lembra quais foram as primeiras conquistas e o que isso representou para o esporte na cidade. “David ganhou medalha de bronze, primeira medalha em nível nacional de categoria de base na cidade. Visto que, o remo em Pelotas é desenvolvido desde 1874 de forma organizada e ininterrupta. Se vão mais de 140 anos de atividades. Foi o primeiro título, primeira medalha, primeiro pódio em nível nacional, de um atleta com categoria de base. A partir daí, foi uma grande mudança que o remo de Pelotas começou a ter. Uma virada de página muito bacana. Assim, as coisas vieram se desenrolando e se desenvolvendo de forma cada vez mais efetiva e positiva”.


David Boeira e Victor Ruzicki – Imagem: relatório Remando Contra a Maré

O sucesso

Hoje em dia, o projeto já não existe mais. Ele durou cerca de um ano, que marcou significativamente a vida dos jovens participantes, e com certeza, a trajetória de Oguener Tissot. “Até hoje, só temos relatos dos jovens que faziam parte do projeto, que devem muito ao desenvolvimento e formação que tiveram. Todos guardam boas lembranças, alegam que foram viradas de páginas por toda questão disciplinar”, conta Oguener.

A rotina das atividades do projeto Remando Contra a Maré, sempre exigiu disciplina dos jovens. Os treinos aconteciam de segunda a sábado e, muitas vezes, de domingo a domingo, por conta das competições. “E nós conseguimos manter eles durante um ano, em toda extensão do projeto, bem interessados, dedicados e disciplinados, mantendo essa rotina de dormir cedo, acordar cedo, ter uma alimentação mais saudável, ter melhor desempenho a cada nova competição. Então isso, a gente considera que foi extremamente positivo. Foi um sucesso. O projeto teve bastante sucesso”, relata Oguener.

O projeto também se preocupava com os jovens quando fora das atividades de remo, acompanhando-os dentro da escola. “Sempre lincado com boas notas no colégio. Todo acompanhamento pra ver como está a formação na escola. Contato direto com professores e diretores, ver se estão dando resposta disciplinar, para o desenvolvimento de pessoas melhores para nossa sociedade”, relata Oguener.

E assim, se manteve o Remando Contra a Maré. O projeto alcançou resultados sociais, esportivos e educacionais, contribuindo para o desenvolvimento do remo no interior do estado. Além disso, com o cunho social, proporcionou para jovens de baixa renda, a oportunidade de acesso à atividade e desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida.


Imagem: relatório Remando Contra a Maré

Novas adaptações

Durante as atividades do Remando Contra a Maré, o projeto teve a visita de Moacir Rauber, ex atleta da seleção brasileira de remo adaptado, que representou o país em três mundiais. A visita estimulou a equipe do Clube Náutico Gaúcho a desenvolver a modalidade, que até então, nenhum clube do estado havia feito.

A Freedom teve grande participação para promover o esporte de remo adaptado na cidade, para atletas com deficiência física ou com mobilidade reduzida, através da adaptação para assento e barco, neste caso em específico, para Moacir Rauber.

Hoje em dia, Oguener Tissot dirige a Academia de Remo Tissot e continua desenvolvendo o esporte na cidade de Pelotas, com o projeto Remar para o Futuro, juntamente ao Clube Centro Português, às margens do arroio Pelotas. Projeto, esse, que o atleta Victor Ruzicki é padrinho e a Freedom uma das apoiadoras.

Mas essas histórias, vão ficar para outros posts! Siga nos acompanhando nas redes sociais e não perde a continuação da trajetória dos projetos de remo em Pelotas, e que a Freedom teve participação significativa para promover a ação sócio esportiva na cidade.

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