Você sabia que o símbolo de acessibilidade mudou?
Você provavelmente já viu o símbolo de um cadeirante em fundo azul ou preto para se referir a acessibilidade, certo? Entretanto, você já percebeu que este símbolo está associado apenas a um grupo de pessoas com deficiência?
Com a proposta de englobar todos os tipos de deficiência e acessibilidade, o Senado Federal aprovou a utilização do novo símbolo de acessibilidade no Brasil. Nessa postagem iremos abordar mais sobre o novo símbolo, além de como essa mudança é benéfica para a comunidade PcD.
Novo símbolo de acessibilidade

Com a representação humana de braços abertos em um círculo com a cor azul predominante, o novo símbolo de acessibilidade carrega a mensagem de acolhimento, liberdade e presença. Assim como, transmite o conceito de universalidade sem remeter diretamente a alguma deficiência.
Mas você se engana ao pensar que o símbolo foi criado recentemente. Desenvolvido pela ONU (Organização das Nações Unidas) no ano de 2015, o símbolo recebeu o nome de “The Accessibility” ou “A Acessibilidade” em português.
A novidade é apenas aqui no Brasil. O projeto aprovado determina a substituição do antigo por esse novo símbolo de acessibilidade. Além disso, a proposta também define que a identificação será colocada nos locais ou serviços que apresentem de fato o acesso, circulação e a utilização por qualquer pessoa com deficiência.
Mas e o símbolo antigo?
Não é porque um novo símbolo surgiu que o antigo entrará em desuso total. Na verdade, o símbolo antigo é a representação da acessibilidade para deficiência física, ou seja, quando for retratado exclusivamente sobre esse grupo de pessoas, será utilizado esse símbolo.
Um fato que poucas pessoas sabem é que existem vários símbolos dentro da comunidade PcD, onde cada representação é para algum grupo de pessoas. Portanto, é essencial manter-se informado sobre essas representações para garantir uma comunicação mais inclusiva.
O uso do símbolo “A Acessibilidade” indica que o espaço ou serviço atende a todas as pessoas com deficiência, e não apenas aquelas com deficiência física, como acontecia no passado.
O que a mudança beneficia a comunidade?
Pode parecer uma simples substituição de imagem, mas na verdade é um marco de avanço. A sociedade, em geral, carrega uma visão estereotipada da comunidade PcD, sem observar a ampla diversidade presente.
A aprovação desse projeto é um passo importante para tornar visível a luta da comunidade, assim como combater a ideia equivocada de resumir de física a falta de mobilidade.
Quando fala-se de acessibilidade, não é unicamente sobre a presença de rampas ou elevadores, mas seu conceito é muito mais abrangente do que esses recursos. Existem 6 dimensões da acessibilidade, arquitetônicas, atitudinal, comunicacional, metodológica, instrumental e programática, cada uma aborda aspectos que precisam ser considerados para garantir que uma PcD possa acessar e participar plenamente da sociedade.
Por isso, o símbolo “A Acessibilidade” conversa tanto com a necessidade de conscientização que a população brasileira precisa. A mudança da simbologia não resolve tudo por si só, mas é um passo para a abertura de diálogo sobre a pauta.
Representatividade importa
Quando uma pessoa com deficiência vê-se representada de forma ampla e respeitosa em um símbolo oficial, isso gera um impacto direto na forma como a sociedade a percebe, e como ela percebe a si própria.
A inclusão simbólica também é uma inclusão real. Ela valida existências, amplia diálogos e promove equidade.
A mudança na simbologia não resolve todos os desafios enfrentados pela comunidade PcD, mas é um passo importante rumo à conscientização e à construção de espaços mais justos e acessíveis para todos. Afinal, todas as pessoas com deficiência importam e devem ser acolhidas com equidade.
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