Histórias que Inspiram – Sérgio Nardini, o Pai de Rodinhas e usuário do guincho da Freedom
Você já parou para pensar que existem equipamentos para mobilidade que, além de contribuir na locomoção, podem se tornar essenciais para socialização dessas pessoas? No livro Pai de Rodinhas, Sérgio Nardini fala sobre o assunto!
Como exemplos, temos o elevador de transferência, que se tornou inseparável de Sérgio. Além de auxiliar na transferência da cadeira de rodas para outros cômodos da casa, o Alfredão – apelido carinhoso que o usuário batizou o produto da Freedom – contribui para o relacionamento com a sua filha e virou assunto em seu livro.
Ficou curioso? Conheça a história de Sérgio, usuário dos produtos da Freedom, que compartilha sua história de vida, a paternidade e a importância do uso dos equipamentos de mobilidade no livro Pai de Rodinhas!
História de Sérgio Nardini
Sérgio Nardini tem 53 anos e nasceu na zona rural de Amparo (SP), cidade onde vive até hoje. Filho único, o rapaz cresceu tratado como uma criança com paralisia cerebral. Mesmo sem saber o que tinha exatamente, teve a dedicação e o apoio dos pais para melhorar o seu desenvolvimento.
Na época, a família não tinha informações sobre a deficiência de Sérgio. Por isso, o diagnóstico da doença neuromuscular genética chamada de Atrofia Muscular Espinhal Progressiva tipo II, só veio quando já tinha 30 anos. Até os 10, não se movimentava sozinho e ficava no sofá, sob a vigia dos pais.
A primeira cadeira de rodas
“Só fui ter uma cadeira de rodas quando tinha 10 anos. Meu pai não gostava de me ver em uma cadeira, era uma imagem que remetia à realidade que ele tinha dificuldade em lidar. Fiquei muito tempo no sofá, o que contribuiu para outros agravantes na saúde”, conta Sérgio.
Com o tempo, médicos e fisioterapeutas convenceram a família sobre a necessidade de uma cadeira de rodas para o desenvolvimento de Sérgio. Fato que, se tornou essencial para seu crescimento e integração ao convívio social. “Como para qualquer pessoa com deficiência, os equipamentos assistivos facilitam muito. Uma cadeira de rodas adaptada a partir de uma avaliação profissional, com a contribuição de informações do próprio usuário é fundamental para qualidade de vida e a socialização”, ressalta.
Ativista na causa da inclusão e acessibilidade
Sérgio cresceu e foi descobrindo suas habilidades. Considera-se artista plástico autodidata. Graduou-se em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário Amparense – UNIFIA, depois dos 40 anos com o apoio da esposa Elisângela.
Em suma, foi vereador em sua cidade natal entre 2001 e 2004. Nesse período, fundou a Associação “Amparo Eficiente” e viabilizou a implantação do Conselho Municipal dos Direitos das pessoas com Deficiência.
Sérgio também é palestrante e ativista na causa da inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência há mais de 15 anos. Do mesmo modo, ele organiza e apresenta voluntariamente o Programa “Acesso Especial”, veiculado semanalmente por uma rádio de Amparo (SP).
Passou a utilizar a escrita para continuar se expressando. “Quando fui parando de pintar, devido a progressão da doença, usei a escrita como ferramenta de expressão, tentando preencher a lacuna que a pintura deixou. Continuo criando, só troquei as ferramentas. Em vez de usar as tintas e pincéis, uso o computador para escrever”, conta.
Por fim, Sérgio lançou o livro Pai de Rodinhas, em que conta suas experiências, a importância dos equipamentos de mobilidade, como o elevador de transferência, e sobre sua maior dedicação atualmente: como é ser o pai da Lavínia.
Pai de Rodinhas
Sérgio é casado com Elisângela de 38 anos, que é professora de matemática. Eles se conheceram em 2001, se apaixonaram e casaram em 2007. A partir disso, surgiu a conversa que normalmente aparece em todos os relacionamentos: ter ou não ter filhos?
“Decidimos iniciar uma jornada rumo a paternidade e a maternidade. Fizemos todos os procedimentos médicos necessários até iniciar o tratamento para fertilidade”, conta Sérgio.
Uma das preocupações do casal era descobrir se Elisângela poderia ter o gene da Atrofia Muscular. Por isso, tiveram todos os cuidados necessários antes de tomar a decisão final. Com resultados positivos, o passo foi dado e, em seguida, o casal teve a notícia de que finalmente seriam pais.
Paternidade e maternidade.
Assim, Lavínia nasceu em 2010 e desde então se tornou a prioridade de Sérgio. Dedicado e atencioso, destina seu tempo e atenção para filha que, naturalmente, dedica-se ao pai também. Do mesmo modo, foi através dessa relação que ele começou a escrever. “Minha limitação é muito grande, dependo de tudo. Hoje minha filha me ajuda muito porque cresceu nesse ambiente, naturalmente ela foi entendendo todo meu universo. Tudo isso eu conto no livro que lancei em 2019, com outras histórias: meu dia a dia desde quando nasci; adaptações; além do capítulo dedicado ao Alfredão, apelido do ‘guincho’ devido à marca”, conta.
Sendo assim, é no livro Pai de Rodinhas, juntamente com as redes sociais e o site do mesmo nome, que Sérgio compartilha a paternidade e leva informação para outras pessoas que também possuem dificuldades na mobilidade. “Eu escrevia tudo e guardava. Em 2018 juntei o material e lancei o livro ‘Pai de Rodinhas’. Faço isso para levar informação para outras pessoas. Sempre gostei de demonstrar e compartilhar alegrias. As redes sociais são como uma terapia para mim, levo informações, reflexões e provocações sobre diversos temas”, explica.
Portanto, um dos temas que Sérgio se propõe a falar é sobre inclusão e acessibilidade da pessoa com deficiência. Nesse sentido, os equipamentos de mobilidade também são pauta. Como o caso do elevador de transferência.
Benefícios dos elevadores de transferência na vida dos usuários
Sérgio sempre compreendeu sobre os benefícios que os produtos assistivos possuem na vida das pessoas com deficiência física. Principalmente no que diz respeito a qualidade de vida e na integração social.
Nesse sentido, em busca de alternativas para melhorar sua rotina e assim prosseguir com seus projetos e o sonho de ser pai, Sérgio conheceu os produtos da Freedom em uma feira de acessibilidade. “Conheci o ‘guincho’ na feira de acessibilidade chamada Reatech, em São Paulo. Foi no estande da Freedom, o que mais me chamou a atenção”, conta.
Elevadores individuais elétricos
Em suma, os elevadores individuais elétricos são equipamentos que auxiliam na transferência da pessoa com deficiência física. Além de facilitar o deslocamento da cadeira de rodas para outro móvel, gera mais segurança ao evitar riscos de lesões ao cuidador, assim como para quem necessita da ajuda. “Em todos os anos que utilizo, eu não sei como seria minha vida sem esse equipamento. É fundamental para ter mais qualidade de vida”, conta o usuário Sérgio.
Os elevadores individuais de transferência contam com suporte confortável e ergonômico que acomoda o indivíduo e facilita na movimentação diária. Além disso, um dos seus benefícios está na manutenção que é quase inexistente. “É o tipo de equipamento que resolve o problema de transferência, facilitando o deslocamento, tanto da cadeira para cama, como vice e versa. O ‘guincho’ é tão confortável… Utilizo há 19 anos sem nenhuma manutenção”, explica.
Entretanto, ainda é comum que muitas pessoas desconheçam a pluralidade de equipamentos para mobilidade disponíveis no mercado. Por isso a importância de estar bem informado sobre o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida das pessoas com mobilidade reduzida. “Boa parcela da população desconhece esse tipo de produto. Inclusive, escrevo sobre tudo isso no livro para dar dicas de qualidade de vida. É fundamental conhecer esses equipamentos que auxiliam na transferência”, ressalta.
Integração social através dos equipamentos de mobilidade
Sérgio também compartilha nas redes sociais informações sobre os benefícios dos equipamentos de mobilidade e a contribuição que fazem no seu dia a dia, assim como para inclusão da pessoa com deficiência. “Hoje tenho uma cadeira motorizada da Freedom e outra cadeira com algumas adaptações. É a inclusão de fato. Para poder ir em qualquer lugar: festa, escola… Qualquer lugar para socialização você precisa de um equipamento que proporcione conforto e segurança”, acrescenta.
Além de auxiliar no deslocamento dentro de casa e contribuir significativamente nas atividades da rotina, o elevador individual de transferência se tornou um equipamento que contribui no relacionamento de pai e filha. “Além de ser um equipamento indispensável nas nossas rotinas diárias, a história com o Alfredão também será marcada por situações inesquecíveis. Ele sempre foi um grande aliado no meu dia a dia como pai, facilitando a interação e o contato físico com minha filha”, escreveu na página Pai de Rodinhas do Instagram.
Com alegria e sempre pensando à frente, Sérgio segue a vida com grandes planos para o futuro. Pretende lançar a segunda edição do “Pai de Rodinhas” e um exemplar infantil. Além disso, ele tem como objetivo atualizar seus equipamentos de mobilidade, tão fundamentais para sua qualidade de vida e autonomia.
Muito obrigado pela divulgação de nossa história, que visa, sobretudo, compartilhar informações sobre inclusão, acessibilidade e as possibilidades existentes para melhorar a qualidade de vida das pcd’s!
Obrigada você, Sérgio, por compartilhar sua história conosco 🧡